2020

Nenhuma mente sã consegue iniciar esse texto sem um: Mas que ano foi esse?

Há quem diga que o ano de 2020 nos ensinou sobre empatia, coletividade, superação, resiliência, etc. Porém, muitas das pessoas que vi falarem isso nem viveram uma pandemia de fato. No máximo, tiveram que usar máscara enquanto embarcavam de férias para outro estado/cidade/país.

É realmente difícil mensurar o quanto a pandemia afetou a vida das pessoas de modo geral. São camadas diferentes a serem analisadas e dizer que esse ano nos ensinou sobre empatia é, de certa forma, covardia.

Mas vamos ao meu saldo de 2020.

O ano começou promissor, eu tinha um monte de projetos prontos para serem executados, um planejamento financeiro sólido e o início do meu planejamento de carreira para o ano. Todos os cursos que eu queria fazer, workshops que queria participar, todas as metas e objetivos bem definidos. Tudo conforme o planejado no ano anterior.

Em janeiro tirei férias, descansei a mente por um curto período e logo de cara conheci o amor da minha vida (Oi Gab <3).

Nessa parte, 2020 foi generoso comigo.

Ela não sabia ainda, mas viveríamos um ano mais tranquilo apesar de tudo.

Conversávamos há poucos dias até que, num súbito momento de coragem, ela me convidou para o seu aniversário em um bar. Obviamente por educação e, provavelmente, achando que eu não iria. Eu fui. Cá estamos nós 12 meses depois.

Em fevereiro eu só trabalhei, não tive carnaval e estava ansioso pra março.

Em março participei da organização Brazil CrossFit Championship, único sancionado da CrossFit no País, e foi uma experiência incrível. Isso tudo prestes a estourar a terrível pandemia por aqui também.

Sem saber de tudo o que aconteceria na segunda metade de março.

Tive contato com atletas do mundo todo em um ano onde as fronteiras foram fechadas logo em seguida.

Ao voltar para casa, recebemos a notícia do primeiro caso confirmado de COVID-19 no Brasil, em SP, onde havia estado há poucos dias. Em seguida, o lockdown.

O restante de março, abril, maio, junho e julho foram de isolamento em casa. Raras eram as saídas para mercado e farmácia. Num instante tive que adaptar a rotina para trabalhar no lugar onde eu, em teoria, descanso.

Em agosto, à medida que surgiam novas informações sobre a pandemia e a possiblidade de uma vacina, as coisas foram relaxando um pouquinho.

Em setembro já era possível treinar na academia com uma distância definida e os protocolos de segurança.

Pensa num guri tranquilo.

Em outubro arrisquei uma viagem de final de semana até curitiba. Me surpreendi como as coisas continuavam funcionando sem problemas apesar da pandemia. Bares, shoppings, restaurantes e hotéis. E eu havia planejado somente passear pela cidade. Passei por Balneário Camboriu no caminho pra conhecer o filho do meu primo (Oi Enrico <3).

Visitei alguns pontos turísticos de curitiba, fui em alguns restaurantes e logo voltei para o confinamento.

Obviamente de máscara e um tubo de alquingel na bolsa porque ninguém é bobo.

Novembro foi ladeira a baixo. Ansioso por dezembro e, como era de se esperar, peguei COVID. Aos 45 do segundo tempo, quase virando o ano.

Por sorte, não tive sintomas críticos, mas fiquei ruim por uma semana inteira. Tive todos os sintomas comuns de gripe, mais a sensacional sensação de não sentir gosto nem cheiro de nada.

Eu, Rafael, não posso reclamar de 2020 por todas as coisas boas que me aconteceram, apesar de ter sido um ano terrível pra tantas pessoas. Encerrei o ano sem perder nenhum familiar por causa desse vírus maldito (a gente se cuidou demais nesses meses) e de quebra angariei alguns novos amigos e uma companheira maravilhosa.

Que venha 2021 porque eu estou pronto.

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