Talvez esse tenha sido um dos anos mais difíceis da minha vida mas, ao mesmo tempo, um dos mais legais de viver.
No início do ano tomei uma decisão que me afastou de muita gente que, até então, eram amigos muito próximos. Decisão, essa, que me reaproximou de alguns amigos com quem eu já não tinha tanto contato.
E, com o passar dos dias, comecei a entender algumas coisas que até então eu não havia entendido.
Acredito que a gente não conhece ninguém por acaso, tudo tem um motivo. Você pode não acreditar, mas tudo se encaixa depois que você analisa todas as situações com calma.
Uma dessas pessoas com quem me reaproximei sempre diz o seguinte: O tempo é rei. O tempo cura tudo.
Demorou pra fazer sentido. Aliás, é difícil de explicar como eu achei sentido nessa frase. Mas na real, não é o tempo que cura tudo. O tempo ORQUESTRA tudo. Ele é necessário para que você entenda e consiga encaixar as peças, colocar as coisas no lugar, montar o enredo que talvez estivesse faltando para qualquer situação.
Nesse caso, eu havia me afastado de alguns amigos por uma briga entre outros amigos. Resolvi ficar no lugar onde estava, do lado de quem eu era mais próximo na época e, por “tomar as dores” destes outros, resolvi por cortar o contato direto com alguns. Erro meu.
E eu só consigo ver isso agora, depois de muito tempo.
Quando tomei a decisão dita anteriormente, abri mão de conviver com alguns, para me reaproximar de outros. E digo, foi a melhor coisa que eu poderia ter feito para mim mesmo.
Como diz o meu amigo: O tempo é rei!
E com o tempo eu vi algumas coisas acontecerem, máscaras caindo, fiquei sabendo de coisas que me deixaram muito triste. Porém, em um ambiente “novo”, um pouco mais acolhedor do que eu era acostumado, percebi que essas coisas não faziam mais parte da minha vida. Essa percepção talvez tenha me feito evoluir no sentido de lidar com pessoas. Tópico, esse, o qual eu sempre tive dificuldade.
Sou do tipo que não meço esforços pra ajudar quem eu quero bem. E isso, ao mesmo tempo que é uma virtude, acaba sendo minha treva. É difícil encontrar pessoas que enxerguem sinceridade nestas ações, por isso muitas acabam se aproveitando disso. Aliás, a maioria se aproveita. Não julgo. Entendo que o mundo é assim e que muitas pessoas talvez não tenham tido a oportunidade de receber um amor fraterno sem requerer algo em troca. Continuamos na luta, empilhando tijolo por tijolo na esperança de construir uma sociedade um pouquinho mais empática.
Voltando aos trilhos: Nesse ano eu viajei bastante. Mais do que eu esperava, inclusive.
Voltei a Barra Velha e Curitiba, fui pra São Paulo algumas vezes (eu continuo amando essa cidade), Tubarão e Florianópolis e Sorocaba.
Conheci pessoas maravilhosas com quem trabalhei nos campeonatos de CrossFit por aí. Aliás, essa é outra parte que remete às pessoas com quem reatei contato.
Cheguei de mansinho num lugar onde já havia um campeonato “planejado”, mas a organização não havia feito nada em relação à arena ou arbitragem. Me confiaram a missão e eu fiz não um, mas dois campeonatos sensacionais. Sinos Games 1 e 2.
Agradeço de coração pela confiança depositada em mim e tenho certeza de que fiz o meu melhor. Tanto que a terceira edição já está marcada. 😊
Na parte profissional pouca coisa mudou. Talvez eu tenha evoluído um pouco no tópico em que eu trabalho, mas sinto que não investi toda a energia que eu podia para me desenvolver mais. Projeto pra 2020.
Sigo acreditando que a vida não é uma jornada e a gente precisa tocá-la como uma música e aproveitar enquanto ouvimos. Não há linha de chegada. (Inclusive vou escrever um texto sobre isso.)
Espero que 2020 seja tão foda quanto 2019 foi, porém com menos crises de ansiedade e um pouquinho mais de amor.
Feliz Ano Novo!