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Escrevendo este texto com quase um mês de atraso. Outubro foi um mês bastante ocupado em todos os sentidos: Trabalho, estudos, relacionamento, amigos, etc. Passou tal qual um furacão e deixou seus rastros para os dois últimos meses do ano.

Mas completar trinta e três anos (nobody likes you when you’re twenty thirty three) me fez refletir pouco sobre a minha trajetória na vida. Já fui muito mais reflexivo outrora, mas ultimamente só penso em “organizar” a casa. E quando menciono “casa”, me refiro a construir novamente um lugar pra retornar. Nos últimos anos peregrinei por locais temporários, incluindo a casa de minha mãe, até que conseguisse poupar um pouco para adquirir algo.

E consegui. Ou melhor, conseguimos. Gabriela e eu decidimos morarmos juntos de vez e compramos um apartamento. Sabendo que muitos gurus de investimento são completamente contra essa prática, é reconfortante saber que temos o nosso lugar. Não sabemos o que o futuro nos guarda, obviamente, mas a vida fica mais tranquila tendo um lugar para voltar todos os dias. E as coisas ficam ainda mais fáceis quando esse lugar é uma pessoa. Coisa de casal.

No meu aniversário de trinta e três anos eu decidi, mais uma vez, convidar os amigos mais próximos e a família. Foi um dia tranquilo na chácara, assamos uma tradicional costela gaúcha e, pela tarde, fizemos um som com a minha atual banda (Rádio California).

Provavelmente eu não comemore dessa forma em 2024, mas foi legal ter as pessoas que eu amo reunidas novamente. É difícil mensurar o tanto que a minha vida mudou nestes dois últimos anos, mas eu estou feliz. E acho que é isso que importa.

Tirando todos os problemas com ansiedade, incerteza e muito trabalho, tenho me saído muito bem. Queria ter tido mais tempo de vir aqui.

Talvez coloque um lembrete para visitar esse lugarzinho mais vezes.

Textos dos aniversários anteriores: 32, 30 e 28.

32

Sempre detestei comemorar o meu aniversário. Não via sentido em alegrar-me por ficar mais velho. Muito menos compartilhar esse momento com as pessoas.

Olhando para trás, nestes meus trinta e dois anos, menos da metade disso foi pretexto para reunir os amigos e comemorar. Por diversas vezes passei esta data sozinho, por escolha própria, mesmo. Por muito tempo me escondi no personagem melancólico que criei para terceirizar minhas culpas em todos os aspectos possíves.

Mas esse ano foi diferente. Decidi que era hora de comemorar. E num instante de euforia pura, convidei minha família e alguns amigos para comerem um churrasco comigo. Este ano têm sido tão bom comigo que eu achei que era hora de celebrar.

E foi a melhor decisão que eu tomei. Passei um sábado inteiro com todas as pessoas que eu amo juntas de mim, rindo, conversando, se divertindo. Recebi muitos abraços e felicitações sinceras.

Fui feliz. Sou feliz.