Há quem diga que a vida é a constante e os caminhos são as variáveis. Mas como descobrir as variáveis de uma conta que não fecha?
Nunca saberemos o resultado de uma equação se não tentarmos as variáveis possíveis. Falando assim, parece ser muito fácil escolher um caminho e trilhá-lo. Mas a vida, essa filha de rapariga, não é simples.
Todos os caminhos possuem percalços e, se você não tiver a consistência suficiente para enfrentá-los, irá diluir cada vez que tropeçar. E nós tropeçamos. Não uma, não duas, nem três.
Fugir do clichê é necessário, dizer que a vida é uma caixinha de surpresas chega a ser patético de tão óbvio. Não saber o dia de amanhã é um dos piores sentimentos que podemos ter e este vai nos matando por dentro. Lentamente.
Mas e se…
E se soubéssemos.
Se soubéssemos, na noite anterior, que no final da tarde bateríamos o carro? Provavelmente iríamos para o trabalho de metrô naquele dia. Mas você já pensou que bater o carro pode ser apenas um gatilho para desencadear outras mil ações?
É aí que eu quero chegar. Eu aprendi que a vida não se trata de ter certeza das coisas. É preciso administrar o constante medo do amanhã. É ter convicção de que nada pode dar errado e, se der, eu tenho que continuar perseguindo o meu objetivo.
Nós passamos muito tempo pensando em como seriam as coisas se fossem feitas de tal forma. Planejamento é necessário, eu sei, mas as coisas precisam sair do papel. É necessário que haja mais ação.
Certa vez um professor, em sua primeira aula, perguntou:
– Onde vocês se imaginam em cinco anos?
Ninguém da turma soube responder. Por quê? Porque todos tinham medo do amanhã.
É esse medo que deve ser controlado.
Mas como? Permitindo-se errar.
Como eu escrevi no início do texto, nunca saberemos o resultado dessa conta se não tentarmos as variáveis possíveis. Se não for uma, será a outra. Se não for por este caminho, eu vou por outro.
A vida admite esse erro, desde que você tenha um objetivo. Se em cinco anos a sua meta é ser tal coisa, trabalhe para que este objetivo seja atingido. Aos trancos e barrancos, já diria a minha avó, nós chegamos lá. Não importa se o caminho foi o certo da primeira ou da segunda vez.
Mas fique atento, pois se não se der conta disso logo, pode acabar com um sentimento muito pior do que a incerteza…
O arrependimento.
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